quarta-feira, 27 de abril de 2016

17 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica

17 mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica
Esclarecemos as questões mais importantes sobre a cirurgia bariátrica, procedimento cada vez mais procurado no país
1. QUALQUER UM PODE FAZER UMA CIRURGIA BARIÁTRICA.
Mito - A redução do estômago é indicada para pacientes a partir de 16 anos que têm o índice de massa corpórea, o chamado IMC, acima de 40 kg/m², com ou sem doenças associadas, como diabetes, hipertensão, e entre 35 e 40 kg/m², com doenças associadas. É preciso também que o paciente tenha tentado emagrecer sem sucesso por dois anos, em média, com dieta, exercícios físicos e medicamentos.
Calcular o IMC, medida que os médicos usam para definir obesidade, é simples. Divida seu peso pela sua altura multiplicada por ela mesma!
2. NÃO EXISTE CONTRAINDICAÇÃO
Mito A cirurgia não pode ser realizada em pacientes portadores de doenças psiquiátricas que impeçam a adesão ao tratamento pós-cirúrgico, usuários de drogas e alcóolatras, pacientes que sofrem de compulsão alimentar e em quem tem doença cardíaca em estágio avançado.
3. QUEM FEZ REDUÇÃO DE ESTÔMAGO NÃO PODE ENGRAVIDAR
Mito - A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica recomenda que as mulheres procurem engravidar dois anos após a cirurgia. Engravidou? Informe o médico que a acompanhou durante todo o processo de tratamento.
4. VOCÊ EMAGRECE BEM MAIS NOS SEIS PRIMEIROS MESES APÓS A CIRURGIA.
Verdade - "No começo, o seu metabolismo queima mais gordura", diz o cirurgião bariátrico João Luiz Azevedo. O emagrecimento total acontece em até dois anos. A expectativa é que se perca de 30 a 40% do peso inicial.
5. OS PLANOS DE SAÚDE E O SUS DEVEM COBRIR A CIRURGIA BARIÁTRICA.
Verdade - Quem depende do SUS para realizar a cirurgia, porém, pode ter que esperar algum tempo na fila. O Ministério da Saúde não tem o registro, mas "pode levar até sete anos para o paciente ser operado", diz Azevedo. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde, o período de carência para cirurgia é de até seis meses.
6. DÁ PARA COMER COMO ANTES E ENGORDAR TUDO NOVAMENTE.
Depende - A pessoa não vai comer como antes, mas se tomar uma lata de leite condensado inteirinha numa refeição, poderá engordar novamente sim. "A paciente volta a ganhar peso se consumir alimentos calóricos, como frituras e açúcares. Mas é raro quem recupera todo o peso", afirma Ramos.
7. A PACIENTE TERÁ NECESSARIAMENTE DE FAZER PLÁSTICAS PARA RETIRAR O EXCESSO DE PELE.
Mito - "Com um bom programa nutricional e atividade física, quem perde de 25 a 35 kg não precisa se submeter à cirurgia, mas isso varia de acordo com cada paciente", diz Ramos. Ele afirma também que quem é mais jovem tem vantagens, pois a pele é mais elástica.
8. DÁ PARA FAZER PLÁSTICAS E TIRAR O EXCESSO DE PELE LOGO APÓS A CIRURGIA BARIÁTRICA.
Mito - Você terá de lidar com o excesso de pele, em média, por dois anos. "O ideal é que a paciente perca todo o peso esperado e esteja bem para ser operada novamente", diz o cirurgião Denis Pajecki.
9. PLANOS DE SAÚDE E O SUS DEVEM COBRIR PROCEDIMENTOS REPARADORES.
Verdade - Segundo a ANS, os planos só precisam cobrir plásticas na região do abdômen. E o paciente ainda tem de apresentar complicações, como candidíase de repetição, infecções bacterianas devido ao atrito de pele, etc. Tanto no serviço público quanto no privado, é preciso indicação médica. E não custa dizer: leia o contrato do plano de saúde para não ter surpresa depois.
10. SÓ EXISTE UM TIPO DE CIRURGIA PARA REDUZIR O ESTÔMAGO.
Mito - Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, há quatro tipos de técnicas aprovadas no Brasil. Conheça cada uma delas abaixo.
11. A CIRURGIA BARIÁTRICA É MUITO CARA.
Verdade - Quem pensa em arcar o valor da cirurgia com grana do próprio bolso terá de pagar, em média, de R$ 20 mil a R$ 40 mil. "É preciso pagar a equipe médica e todo o equipamento cirúrgico", diz Azevedo.
12. É IMPORTANTE O ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO ANTES E APÓS A CIRURGIA.
Verdade - A avaliação psicológica é importante para saber se o paciente tem expectativas reais com relação à cirurgia , se não está num momento de depressão ou estresse muito grande ou se tem algum outro problema que possa atrapalhar o tratamento, explica a psicóloga Marilice Rubbo de Carvalho. Durante as sessões, é investigado o que levou essa pessoa a engordar, já que normalmente essas pessoas não fazem a menor ideia. Não adianta fazer a cirurgia se não mudar a estrutura que provocou a obesidade, afirma Marilice. Por isso, alguns médicos recomendam também que o paciente tenha acompanhamento psicológico após a cirurgia.
13. A CIRURGIA BARIÁTRICA É MAIS ARRISCADA QUE OUTRAS CIRURGIAS.
Mito - Segundo Pajecki, durante a operação, os riscos de complicações, como um problema cardiológico, é igual ao de qualquer outro procedimento cirúrgico abdominal. No pós-operatórias, complicações leves e graves ocorrem em 4% dos casos. "Nos primeiros 30 dias, pode haver sangramento interno, infecções e complicações clínicas, como trombose", diz. A médica nutróloga Sandra Fernandes afirma que, dependendo da técnica operatória, podem ocorrer vômitos ou diarreias. A média ou longo prazo, as complicações estão ligadas a desnutrição, osteoporose e carência de vitaminas e minerais, afirma.
14. É PRECISO FAZER EXERCÍCIOS APÓS A CIRURGIA.
Verdade - "Os exercícios potencializam o emagrecimento, evitam o ganho de peso e reduzem a perda de massa muscular", diz Pajecki.
15. ENGORDAR É UM BOM CAMINHO PARA FAZER A CIRURGIA.
Mito - "Quem quer ganhar 10, 15 kg rapidamente para se submeter a uma cirurgia põe a vida em risco", diz Ramos.
16. O APOIO DA FAMÍLIA É ESSENCIAL.
Verdade - Todos que convivem com o paciente precisam colaborar. Se a família tem uma alimentação gordurosa, não vai dar para continuar assim! A família deve mudar os hábitos, além de dar apoio e não fazer cobranças exageradas.
17. AS UNHAS PODEM FICAR QUEBRADIÇAS E O CABELO PODE CAIR APÓS A CIRURGIA.
Verdade - "Isso pode acontecer nos primeiros meses, quando a perda de peso é mais intensa. Mas dá para resolver com suplemento vitamínico", diz Pajecki.

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